Voltando às reflexões sobre como os jovens são preparados pelas faculdades para entrar no mercado de trabalho, outro assunto interessante de ser abordado é o comportamento que os mesmos devem ter dentro do ambiente corporativo.
Quando estava na graduação, percebi que alguns dos colegas de faculdade não tinham ou não gostavam de ter comprometimento e boas maneiras na sala de aula. Ache boas maneiras na sala de aula. Chegar quase toda vez atrasado, não entregar as atividades nos prazos estabelecidos e detestar o professor após receber uma crítica são algumas dos pontos que constatei. É claro que ninguém é de ferro e às vezes falhamos nas nossas obrigações ou extrapolamos a ética, mas incorrer nesse comportamento constantemente é uma falta grave para os colegas, os docentes e principalmente (e perigosamente) para si mesmo.
Os jovens universitários inexperientes no trabalho formal que agem da forma acima descrita com frequência acabam transferindo esse mal comportamento para o ambiente de trabalho. De acordo com esta matéria, muitos jovens desconhecem as regras básicas de ética e passam a se portar como se estivessem em casa ou no colégio, sendo muitas vezes penalizados por isso. Porém, existem algumas dicas que podem ser seguidas, de acordo com a consultora Renata Mello. Segue um treço da matéria:
“Se você é candidato a uma vaga de emprego, na entrevista, lembre-se:
Demonstre boa vontade, sorria ao interagir com o entrevistado;
Preste atenção na maneira como você se senta, evite sentar esparramado, como se estivesse na faculdade ou no cursinho;
Evite ficar balançando o pé ou a perna, uma vez que o entrevistador pode entender isso como ansiedade;
Se ficar esperando em pé, não se encoste nem ponha o pé na parede. Mantenha a postura ereta e firme;
Evite se atrasar. Se acontecer, peça desculpas e não fique culpando o trânsito;
Não entre na sala de entrevista sem pedir licença;
Procure informações sobre a empresa, antes da entrevista. Entre na internet e converse com os amigos. Isso aponta interesse e iniciativa. Mas jamais demonstre ser o ’senhor sabe tudo’;
Procure se vestir de acordo com o perfil da empresa, sem exageros;
Ouça as perguntas com atenção e procure ser objetivo nas respostas;
Cuidado com o português. Fale correto, mas não necessariamente usando palavras difíceis. Elas podem ser uma armadilha;
Se não entender a pergunta, tire suas dúvidas, para responder adequadamente;
Simpatia e descontração pode ajudar a conseguir o emprego. Mas cuidado com a famosa pose ou tratamento de ‘brother’, tão em voga. Ela é assustadora para as empresas.
Você conseguiu o emprego. Atenção para essas regrinhas básicas:
Seja comprometido com a empresa;
Não confunda sua sala de trabalho com uma sala de estar. Evite usar seu telefone celular ou o da empresa para ficar conversando com amigos;
Cuidado com o uso dos programas de mensagens instantâneas no horário do trabalho. Procure descobrir qual é o procedimento da empresa e evite ao máximo usar;
É inaceitável usar jeans rasgados, roupas tipo skatistas, decotes profundos e saias ou blusas curtas em um ambiente corporativo. Essas peças só são permitidas se você trabalhar em lojas de moda ou em locais que permitam esses trajes;
Cuidado com o corte dos cabelos e as cores exageradas;
Não use gírias nem gerúndios (por exemplo: ‘vou estar perguntando’) ao conversar com colegas e clientes;
Não fale ao telefone com a boca cheia;
Ao usar e-mails, atenção à escrita. Seja breve. Evite envio de e-mails pessoais em sua caixa postal de trabalho. Eles podem ser acessados pela sua chefia, pois a máquina é da empresa e não sua;
Preste atenção ao seu tom de voz;
Assuma seus erros;
Preste atenção aos níveis hierárquicos da empresa. Você é chefiado por alguém, e é a essa pessoa a quem você precisa responder e acatar ordens;
Cuidado com o termo ‘tipo assim’. Não use;
Seja pontual.”
Baseado na necessidade desse aprendizado, acredito que os cursos de graduação, especialmente o de administração, em cuja profissão contam muito as atitudes dentro do meio corporativo, deveriam ensinar aos alunos como, quando e com quê intensidade agir e interagir no emprego. De certa forma, o convívio em sala de aula e no ambiente educacional já ensina um pouco essa habilidade (o que me faz ainda mais ser partidário dos cursos de graduação “normais” em detrimento dos ministrados via internet), mas se existisse uma cadeira específica sobre esse assunto, ele seria levado muito mais à sério e surtiria melhor efeito no comportamento dos alunos dentro das faculdades e, consequentemente, nas empresas. Seria bom para a faculdade, com alunos mais disciplinados, bom para as empresas, com colaboradores éticos e comprometidos, e ainda mais para os graduandos, pois se tornariam profissionais com melhores chances de ascensão numa carreira promissora.
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