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sexta-feira, 11 de julho de 2008

O desafio de se construir uma boa empresa para se trabalhar

O desafio de se construir uma boa empresa para se trabalhar
por Juliana Ricci


Sempre é tempo de virar o jogo. Por isso, se você não está em uma empresa boa para se trabalhar, tem a chance de refletir e decidir colaborar para que ela se transforme, ou escolher algo melhor para a sua carreira.

Essa é a opinião de Maria Amalia Bernardi, jornalista especializada em Gestão de Pessoas e criadora do “Guia Exame – As 100 Melhores Empresas para Você Trabalhar”, da Editora Abril. Durante sua palestra no IV Congresso da Associação Brasileira de Qualidade de Vida (ABQV), Maria Amália revelou que seu trabalho atual como consultora de empresas e seu livro “A melhor empresa – Como as organizações de Sucesso atraem quem faz a diferença” nasceram graças aos pedidos de ajuda das organizações interessadas em melhorar suas políticas de gestão de pessoas e Recursos Humanos e em serem boas empresas para se trabalhar.

“Quando começamos o Guia, era difícil conseguir adesões, porque as empresas não estavam acostumadas a expor suas práticas de Recursos Humanos. Com o tempo, perceberam que é interessante mostrar ao mercado e aprimorar o bom trabalho que realizam internamente”, lembrou a jornalista. Ela alertou para o fato de que fazer parte do guia não tem valor isoladamente, mas sim quando a organização percebe que gerar satisfação aos colaboradores é um bom negócio para todas as partes. “Empresas onde trabalham pessoas satisfeitas produzem mais e ganham mais dinheiro. Com isso, tanto o bolso como a realização profissional ficam bem”, disse ela.

Maria Amália apresentou 10 aspectos que mexem com o ambiente organizacional. O investimento ou a falta dele nesses itens geralmente determina o quanto uma empresa é boa para se trabalhar. Confira e faça a avaliação:

1. Crescimento
O funcionário tem que ter motivos reais para acreditar que a sua vida está indo para a frente. Isso porque as pessoas querem ver as coisas acontecendo em volta delas e com suas próprias vidas. Elas precisam de ascensão e realizar coisas. “Para que isso aconteça, a empresa deve dar autonomia e oportunidade. Eu sou um exemplo disso. Tive permissão para criar o projeto das melhores empresas para se trabalhar e com ele ganhei crescimento e respeito, além do convite para o cargo de diretora de redação da revista Você SA”, disse a palestrante.

2. Liberdade
Os bons profissionais só aparecem (e crescem) em ambientes onde exista liberdade de expressão. As pessoas aceitam cada vez menos as normas e ordem que não entendem, por isso, é importante avaliar se é possível que ele faça da maneira dele, com liberdade, sem prejudicar o trabalho. “Quando a empresa dá liberdade, tem que contar com a responsabilidade das pessoas. Quando não dão, é porque têm medo de que vire tudo baderna. É melhor que confiem e consigam, com isso, perceber quem realmente é capaz de aproveitar sua liberdade e quem deve ser afastado”, aconselhou Maria Amalia.

3. Justiça
Funcionários colocam-se contra empresas que cometem injustiças com elas mesmas ou com os colegas. Segundo Maria Amália, muitos processos trabalhistas originam-se do sentimento de injustiça cometida pela organização. Situações como tratar pessoas de maneira diferente, promover pessoas usando o critério “afinidade” e aplicar punições diferentes para o mesmo erro podem gerar um clima de insatisfação plena. Segundo a consultora, injustiça não se combate com sistemas burocráticos mas sim com o real compromisso dos responsáveis pelas decisões em aplicar regras simples.

4. Confiança na empresa
As pessoas precisam acreditar que a empresa está empenhada em fazer a coisa certa. Para isso, é preciso ficar claro para todos que os líderes estão preparados para o cargo que ocupam, a ponto de dar o exemplo de tudo aquilo que exigem. Bons resultados, segundo a palestrante, não bastam. É preciso haver lógica nas ordens e tarefas. “Quem não confia, não respeita e para decidir ir embora é uma questão de tempo”, alertou Maria Amália.

5. Ética
“Nós sabemos muito bem o que é certo e o que é errado. Ética é o que é certo”, afirmou a jornalista. Apesar das decisões envolverem vários fatores, sabemos, pelo menos nas questões simples, o que pode ou não ser feito. Por exemplo: pagar propina e mudar pesos e medidas dos produtos são coisas anti-éticas e ninguém discute isso. Quando a empresa toma uma decisão errada, os funcionários acabam participando disso, fato que não gera admiração.

6. Maus chefes
A boa qualidade de um ambiente de trabalho depende diretamente da qualidade das pessoas que têm o poder de tomar decisões. Por isso os maus chefes são tão nocivos ao bom andamento das coisas no ambiente corporativo. De acordo com Maria Amalia Bernardi, é responsabilidade do primeiro escalão gerir o desempenho das chefias em seu relacionamento com os subordinados. Para que você baseie sua avaliação, ela listou as características dos maus chefes:

imaturos
invejosos
inseguros
roubam idéias
não querem que as pessoas cresçam
formam panelinhas
não passam seus conhecimentos
não querem ouvir
fazem a empresa gastar dinheiro porque perdem bons profissionais
A consultora lembrou que muitas organizações mantêm maus chefes porque não sabem como substituí-los ou não têm ninguém para ocupar seus lugares. Para evitar isso, basta preparar pessoas para serem bons líderes.

7. Comunicação
O bom fluxo de informações dentro da empresa é essencial para sua imagem junto aos funcionários. O primeiro passo é tomar a decisão verdadeira de dizer as coisas, e dizê-las como elas são. Isso evita, por exemplo, que o funcionário fique sabendo pela imprensa algum fato sobre a companhia. Quanto ao veículo, não importa se é jornal, revista, reunião ou uma simples conversa. O importante é que não haja censura, que se mostre aquilo que o funcionário quer saber, como o objetivo da empresa, o motivo dos erros que aconteceram, política de crescimento e política salarial.

8. Camaradagem
Tudo o que puder ser feito para estimular um relacionamento amigável entre os funcionários vale a pena. Segundo Maria Amalia, um clima verdadeiro de camaradagem se constrói com pessoas e com suas qualidades individuais, o que inclui bom caráter. “Os líderes têm papel fundamental nesse processo de aproximação e integração das pessoas. Por isso, a empresa que mantém chefes maus dificilmente terá um clima de camaradagem”, disse ela.

9. Recompensas
Pagar bem não é apenas uma questão de números e quantidade – é também uma questão de idéias e de qualidade. Para a palestrante, pagar menos do que a média de mercado é desrespeito ao valor do trabalho realizado e por isso elimina as chances da empresa participar da lista das melhores para se trabalhar. Além disso, “os profissionais adoram benefícios, por isso é importante investir nisso”, revela Maria Amalia. Para ela, uma maneira inteligente de definir o mérito é o de avaliação por resultados: quem trabalha mais e melhor deve ganhar mais.

10. O presidente
O presidente deve tomar para si o objetivo de transformar a empresa num bom local para se trabalhar. O RH não tem força sozinho, o presidente precisa aderir, porque ele é o maior exemplo. “Se ele ainda não aderiu, o RH deve ser insistente e influenciá-lo”, ensinou Maria Amalia.

Pronto, agora você pode ter a medida exata sobre o valor e o empenho da organização aonde trabalha no sentido de estabelecer uma relação de troca de vantagens com os profissionais. Avalie e faça boas escolhas, sempre!

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